No contexto histórico, do século XVIII (1701-1800) ocorreu um
progressivo processo de laicização e estatização da educação, e nesse processo
alguns aspectos contribuíram muito, como a Revolução Industrial que começou a
alterar a fisionomia do mundo do trabalho, o processo de deslocamento da
população do campo para as cidades, que concentram grande massa trabalhadora a
busca por matéria-prima e visando garantir mercado para a absorção dos
excedentes, da indústria, ampliação da produtividade, revolução nos transportes,
o velho artesão não existe mais. Não consegue competir com a produção
industrial o capitalismo se expande dando início ao imperialismo colonialista.
Enquanto no século XIX se perceberá todo o impacto dessas mudanças, representando
o período de consolidação do poder da burguesia, assim como os contrastes
fortes até hoje na nossa sociedade, a burguesia criara uma nova experiência
social e histórica cheia de contradições, perdendo o controle gerando assim,
uma série de conflitos e surtos revolucionários em que as classes trabalhadoras
ocuparam o centro das iniciativas, e as classes trabalhadoras reagiam através
de manifestações, obrigando a burguesia, instalada no poder, adaptar-se a
necessitar de novas formas de controle social. Não lhe interessava aprofundar
mais as revoluções e sim controlar os processos sociais através de mudanças que
atendessem a seus interesses.
Também surgiram novas ideias socialistas no movimento operário europeu, conhecidas como
socialismo utópico propondo transformações da ordem capitalista burguesa pela
via da educação, de acordo com essa concepção a sociedade poderia ser
organizada de forma justa, sem crimes nem pobreza, com todos participando da
produção e fruição dos bens segundo suas capacidades e necessidades, algo bem
distante da realidade que vivemos hoje algo utópico literalmente, para tanto,
era necessário erradicar a ignorância, o grande obstáculo para a construção
dessa nova sociedade. A educação desempenharia, pois, um papel decisivo nesse
processo cada criança receberá, em seus primeiros anos de vida, uma instrução
geral que a tornará apta para os fins da sociedade, e assim surgiria uma classe
trabalhadora cheia de iniciativas e de úteis conhecimentos, com hábitos,
informações, Ilusão pedagógica de que basta um sistema de instrução para
modificar a sociedade e o caráter de uma ideia isolada e solitária.
Apesar dos avanços obtidos no âmbito da educação, persiste, em maior ou menor grau em diferentes países, antigas discriminações, pois poucos chegam aos mais altos graus de estudos, o caráter obrigatório da educação consta mais no papel do que na realidade prática, permanência do dualismo: uma educação que objetiva a instrução clássica e outra para preparação profissional. “Nem todos fomos feitos para refletir é necessários também homens de intuição e ação.” (Durkheim apud Manacorda, 1996, p. 300) Verifica-se nesse cenário a existência de proposições que enxergam na educação um instrumento para o combate às ideias comunistas.
Concebeu a
escola como o lugar que prepara as crianças para viver em sociedade, dado que
ela mesma é uma síntese da comunidade na qual é possível aprender fazendo. Como
expressão da modernidade na concepção educativa, a escola nova também foi
conhecida como “escola ativa”, “escola moderna” e “escola do trabalho”,
denominações que enfatizam a necessidade de romper o isolamento da escola da
sociedade e de pôr em contato as crianças com a vida cotidiana, o interessante
é o quanto vem se adaptando a escola nesse contexto como um instrumento que
cada vez esta mais evidente que sempre esteve e esta a serviço de uma classe
dominante, e determinam ditam nos controlam, nesse contexto vários pensadores
tentaram mapear a sociedade de diversos pontos e aspectos, criaram conceitos,
termos, métodos que hoje ainda são referencias quando se trata de educação,
pois acreditavam assim conseguir, disseminar estimular tal revolução e que
nessa visão, continuara cada vez mais distante, utópico mesmo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário